A PACIÊNCIA DO SOCÓ

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Era
no crepúsculo da tarde de um dia de primavera, eu estava a pescar em cima de um
tablado no riacho situado no Sítio Porto Laranjal, em Mimoso, ao lado do menino
Lukas. Este sítio é um pedaço do paraíso de propriedade dos cunhados Alan, o
cheik, e da esposa Léo, a gatinha do papai Chicão e da mamãe Duzá. Apreciava a
beleza da vegetação, a cor diferente da água, o cântico dos pássaros e o
barulho que faziam os macacos embrenhados na mata ribeirinha. A certo momento,
o Lukas me diz: eu já vou parar de pescar porque nem está beliscando, a isca
continua inteirinha. Passando o olhar atento pela vegetação aquática, eis que
observo certo pássaro quieto, imóvel que aguardava um peixe para apanhar com o
bico. Chamei o caseiro do sítio, Dito, que no momento encontrava próximo a
colocar milho para alimentar os cavalos; perguntei ao mesmo que pássaro era
aquele e me respondeu prontamente que se tratava de um Socó, ave que alimenta de
peixes no Pantanal Mato-grossense.
A
situação da pescaria onde não havíamos pegado nenhum peixe até aquele instante estava
explicada; sorri e disse para o Lukas, se o próprio socó que alimenta naturalmente
de peixe naquela região aguardava pacientemente a sua refeição, por que nós
poderíamos ter pressa em pegar o nosso peixe em recreio de pescaria e que
aprendêssemos com a paciência do socó.
                                       Meditações:
A pesca esportiva é um bom
momento de cultivar a paciência!
A Natureza é mestra,
aprendamos com ela!

Cada coisa deve vir no tempo
oportuno e o grão semeado fora da época não frutifica!
                                                    Lenildo Solano 

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