Responsabilidade da palavra

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Tivemos
notícia de que um escritor americano travou, em determinada época, uma
verdadeira batalha verbal com o diretor de um filme.
É
que um amigo do escritor foi assassinado por um casal que se inspirou nos
dois personagens psicopatas do filme daquele diretor.
Uma
outra manchete nos dá ciência de que dois garotos de 11 anos aproveitaram um
descuido da mãe de um menino de apenas dois anos e o levaram para um passeio.
Dias
depois, o corpo do garotinho foi encontrado estraçalhado na linha do trem.
Igualzinho ao filme que os dois haviam assistido, alguns dias antes, por
diversas vezes.
Tais
matérias nos levam a ponderar acerca da responsabilidade do que escrevemos,
criamos e entregamos para divulgação.
Certamente,
assuntos que defendamos, temas que veiculemos, promoverão pensamentos e atos
nas pessoas que deles tomarem conhecimento.
Se
fomentarmos a violência, a agressão, o desrespeito, naturalmente o que vierem
as criaturas a realizar, em nome deles, é de nossa responsabilidade.
Por
isso mesmo, advertiu Jesus: Seja o vosso falar sim, sim; não, não. O que quer
dizer definir posições e assumir responsabilidades.
Nós
somos responsáveis pelas imagens que projetamos nas mentes alheias. Se
incentivarmos ao mal, este nos atingirá como Lei de Causa e Efeito, e o mesmo
se dará se divulgarmos o bem.
Esmerarmo-nos,
assim, na criação e divulgação de conceitos positivos, benéficos, em síntese,
fará bem a nós mesmos.
Francisco
de Assis, um dia, escreveu poemas de amor à natureza. Chamou de irmãos ao
sol, à lua, às estrelas, à água.
Poderemos
acaso aquilatar o quanto de serenidade semeou com tais versos?
Quantas
criaturas, até hoje, transcorridos os séculos, os lêem e repetem?
Somos
tão responsáveis pelo que sai de nós que Jesus alertou para a gravidade da
falta de alguém escandalizar a algum dos pequenos.
E
pequenos não são somente as crianças, mas nós, Espíritos ainda imersos na
ignorância e com grandes facilidades de sintonizarmos com o mal.
Assim
sendo, falemos o bem. Escrevamos o bem com as palavras simples que brotam do
nosso coração afeiçoado ao bem.
Teçamos
versos delicados que exaltem o belo, que falem de Deus, da ventura de viver,
da imortalidade, da alegria de ser herdeiro do Universo.
*
* *
Pela
palavra e pelos exemplos Gandhi libertou um povo. Sua filosofia se baseava na
não violência.
Pelos
discursos e atos, um déspota infelicitou muitos povos.
Falamos
de Hitler, que semeou desgraças em grande parcela da Humanidade.
Ambos
viveram no mesmo século XX.
Redação do Momento Espírita com base no artigo As
notícias, da Revista O Espírita de jan/mar 97.

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