Sua empresa era um sucesso. Criou muitos empregos, seus empregados
eram felizes e ele tinha uma vida boa.
Contudo, aos 45 anos, dois filhos, trabalhando 24 horas por dia, 6
dias por semana, estava esgotado.
Ele amava sua família e queria estar mais com ela. Decidiu tornar sua
empresa uma companhia pública e usar o dinheiro para aumentar a equipe administrativa e a infra-estrutura.
Assim, poderia ficar mais tempo com a família, enquanto outros
executivos conduzissem os negócios.
Contratou um analista financeiro para avaliar a empresa e orientá-lo
para alcançar o preço máximo da proposta.
O que o analista disse o surpreendeu. Para levantar o preço de venda
da empresa, era necessário elevar os lucros e reduzir os gastos.
Solução: despedir 13 do pessoal. A equipe de gerência.
Depois da venda, a nova equipe se encarregaria das questões do
pessoal. Enquanto isso, Harvey tomaria as decisões administrativas.
Ele começou a pensar nas vidas das pessoas que arruinaria. “era
cruel,” dizia para si mesmo, “largar tantos gerentes de nível médio, para poder receber alguns milhões de dólares a mais!”
Precisava de tempo para pensar. Mas logo a notícia de que a empresa
estava abrindo o capital e que haveria dispensa de pessoal, se espalhou.
Empregados começaram a fazer perguntas. Telefonemas aumentaram. A
decisão se fazia de urgência.
Então, a equipe de gerentes, que não sabia que eram os seus empregos
que corriam risco, o procurou.
Supunham que ele despediria funcionários de degraus mais baixos. Desta
forma, estavam dispostos a reduzir em 10% o seu pagamento, para que aqueles homens não perdessem o emprego.
Harvey ficou atônito. Os que ele teria que dispensar eram exatamente
os que ofertavam parte de seus salários com o intuito de salvar o emprego de outros.
Foi para casa. Precisava decidir rápido. Para desanuviar a cabeça, foi
brincar com seu filho de 7 anos.
Num jogo onde disputavam balas de chocolate, quando a vitória do
garoto era certa, ele simplesmente ofertou metade das suas balas ao pai, para poder continuar a ter o prazer de brincar.
O gesto e o intuito atingiram o coração de Harvey. No dia seguinte,
ele anunciou seus planos de emitir ações, abrindo o capital da empresa.
Chamou toda sua equipe administrativa e lhe ofereceu um aumento de 5%
se eles trabalhassem mais durante a transição.
A empresa superou todas as expectativas e alcançou extraordinário
preço.
Hoje, Harvey conduz sua companhia de muitos milhões, com
tranqüilidade, junto à família.
Ele confia na lealdade de sua equipe de gerentes que trabalha de forma
esplêndida.
“Para vencer nos negócios,” diz ele, “você pode agir
como se estivesse numa corrida de ratos. Mas, é muito melhor apostar numa corrida de seres humanos. Vencer essa corrida é muito mais importante para mim.”
***
Na administração de qualquer negócio, não devemos esquecer que a
riqueza e o poder de decisão sobre outras vidas, são talentos dados pela divindade.
E todo talento deve merecer a correta aplicação. Quando o egoísmo não
comanda as ações, os benefícios se multiplicam.
Em toda decisão que envolva outras vidas, outros seres humanos, não se
pode esquecer que os valores amoedados são perecíveis.
A lealdade, o companheirismo e o amor são valores imperecíveis. E
imensuráveis.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Valorizando o
amor, do livro Triunfos do Coração, de Chris Benguhe, Ed. Butterfly. |
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