O
mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo, é a história da
redenção da própria Humanidade, que sai das furnas do “eu”, para os
altos píncaros da liberdade.
Vivendo
os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado
a História, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.
Aceitando
como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de
um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade
para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.
E
não Se afastou, jamais, da diretriz inicial assumida: a de servo de todos.
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Jesus
concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .
Como
o maior de todos pôde fazer tal afirmativa? – questionam os apressados.
Servo
de todos? Colocar-Se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?
Ora,
os grandes do Mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!
E
tal compreensão ainda é atual, infelizmente, no orbe terrestre: a de que
aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser
servidos, e não servir.
Talvez,
se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos
no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.
É
muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles
que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a
serviço dos menos capacitados.
Essa
é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas
ações.
O
ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou
os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!
Os
grandes servem! Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.
Não
há humilhação alguma em servir, em ser servo! São os preconceitos da alma
humana que criaram esta impressão falsa.
Assim,
se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real,
o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.
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Quando
se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos
ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do
servir.
Estamos
servindo à nossa família como poderíamos? Estamos servindo à sociedade de
forma suficiente? Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que
temos?
Quem
conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder
de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser
servidor poderoso.
Servimos,
toda vez que estendemos a mão a quem precisa.
Servimos,
sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o
choro amargo.
Servimos,
toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.
Servimos,
sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas
inter-relacionais ao nosso redor.
Seja
servo de todos e seja mais feliz.
Redação do Momento Espírita com citação do cap.
Boas novas, do livro Primícias do reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal.