PÃO
DE CADA DIA

 “Dá-nos cada dia o nosso pão.” — Jesus.
(Lucas, capítulo 11, versículo 3.)


Já pensaste no pão de cada dia?
A força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma desvalorizá-lo, à maneira
da criatura irrefletida que somente medita na saúde, ao sobrevir a enfermidade.
Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de atender à gratidão nos
seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que não faltassem às
coletividades terrestres perfeitas noções da existência de Deus. 
Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção
dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que compreendam melhor a
vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes
dizem respeito, nas Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade
de realizarem o aprimoramento próprio.
O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão terrestre é conquista deles,
para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de servir. 
Em verdade, no entanto o pão de cada dia para todas as refeições do mundo procede
da Providência Divina.

O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o serviço e cooperará
com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a florescência e
a frutificação pertencem ao Todo Misericordioso.

No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de colaboração entre o
Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a observar. 
Esforçasse o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.
O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.
É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera
colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.

Emmanuel