Em
uma das Suas parábolas, Jesus compara o Reino dos Céus a um tesouro escondido
em um campo. Um homem o encontra e, desejando-o para si, vende tudo o que tem
e compra aquele campo.
A
parábola nos convida a realizarmos uma reflexão acerca do que consideramos
tesouro.
Para
alguns de nós, os tesouros são as coisas materiais: a casa bonita, os móveis
novos, o carro último tipo, uma conta corrente expressiva, roupas caras,
perfumes raros.
A
possibilidade de comparecer a restaurantes sofisticados e solicitar pratos
requintados. A chance de percorrer o mundo, conhecendo as obras raras do
ontem e do hoje.
Para
outros, tesouros são livros. E não nos cansamos de buscá-los, em especial as
edições esgotadas, mais valiosas.
Outros
colecionamos obras de arte e as exibimos aos amigos com alegria. Cada obra
adquirida, mais um ponto para o nosso tesouro.
Recordamos
de certo filme que apresentava uma família excessivamente rica. Tão rica que,
para guardar seus maiores tesouros, mandou cavar um cofre no seio de uma alta
montanha, onde até foram esculpidas as faces da mãe, do pai e do filho.
Certo
dia, ladrões audaciosos adentraram aquele lar, amarraram os pais e sob
ameaças de lhes ferir o filho, os fizeram dizer qual o segredo para adentrar
na fortaleza. Os ladrões desejavam as riquezas que ali se encontravam.
Qual
não foi sua surpresa ao descobrirem que os tesouros tão propalados não
passavam de coisinhas tolas, como o bercinho onde dormira o bebê pela
primeira vez, o primeiro brinquedo, o primeiro troféu, o primeiro sapatinho.
Para
aqueles pais, tão ricos, o que consideravam como de maior valor era tudo
aquilo que se referia ao filho. Ele lhes era o maior tesouro.
*
* *
E
o nosso tesouro? Qual será?
Recordamos
Jesus que Se referia aos tesouros da intimidade, que o ladrão não rouba, nem
a traça corrói.
É
isso mesmo. O maior tesouro é aquele que podemos amealhar dentro de nós:
nossa riqueza interior.
O
que possamos crescer em intelecto, em moral, isso ninguém nos haverá de
furtar.
E
mesmo após a morte do corpo físico, são aqueles que seguirão conosco.
Nosso
conhecimento, nossas virtudes, nossas qualidades morais. Tesouros que
utilizaremos na vida espiritual e nas próximas reencarnações sejam na Terra
ou em qualquer outro mundo, qualquer outra morada de nosso Pai.
*
* *
Para
os Apóstolos Paulo de Tarso e Barnabé o maior tesouro eram os escritos de
Levi, depois chamado evangelista Mateus.
Por
falarem muito a respeito do grande tesouro que possuíam, certa noite, ambos
foram assaltados a fim de terem furtada aquela preciosidade.
Após
o assalto, deram graças a Deus, considerando que aqueles escritos, nas mãos
dos ladrões, com certeza os haveriam de transformar para o bem.
Redação do Momento Espírita.