Entre as benditas mulheres e mães destacamos
uma finíssima, elegante, simples e pedagoga por natureza. Filha de família
humilde não podendo aprofundar nos estudos. Mas, inteligente e dotada de vários
dons, ente eles: cozinheira, doceira, costureira, bordadeira, tricoteira e
crocheteira. Confeccionava modelos de roupas impecáveis para as suas filhas,
teve seis e três filhos. Morava em casa simples de chão batido, sempre limpo e
com as mesas e cadeiras com toalhas e encostos artesanais.
Fazia especiarias cuiabanas como o furundu de
mamão, doces de laranja, caju, figo e de goiaba, paçoca de pilão, licores e
bolos. Tinha o prazer de servir as visitas nos finais de semana e,
principalmente, os compadres e comadres que vinham referendar os parentes
falecidos e enterrados no cemitério do bairro em dias dos finados, no natal e
ano novo.
A nossa homenageada criava métodos
estratégicos para deixar os filhos em atividades, desenvolvendo-os motora,
afetiva e cognitivamente com disciplina e harmonia.
Tadinha, assim chamada por todos, não teve
acesso a informação acadêmica, mas, usou o carinho, o bom senso e a razão;
considerada uma pedagoga por natureza
assim como muitas outras mães, verdadeiras heroínas.
Para
reflexão:
– A arte de viver é dom divino. Sobreviver é competência!

Lenildo Solano-16/02/2013.