Um sentimento superior…

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Um
sentimento superior…
O amor é a celeste atração das
almas.
É o olhar de Deus sobre as
criaturas e sobre os mundos.
Não se pode confundir, porém, com
tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais.
Esta não passa de uma imagem, de
uma grosseira falsificação do amor.
O amor é o sentimento superior em
que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração.
É o coroamento de todas as virtudes
humanas da doçura, da caridade e da bondade.
É a manifestação na alma de uma
força que nos eleva acima da matéria até as alturas divinas, unindo todos os
seres e despertando em nós a felicidade verdadeira.
Amar é sentir-se viver em todos e
por todos.
É consagrar-se ao sacrifício, até a
morte, em benefício de uma causa nobre ou de um ser.
Se quisermos saber o que é amar,
devemos lembrar-nos dos grandes vultos da Humanidade e, acima de todos eles,
do Cristo, para quem o amor resumia toda a lei de Deus.
Além disso, não disse Ele: Amai os
vossos inimigos?
Por essas palavras, Jesus não
pretendeu exigir-nos uma afeição que nos fosse impossível.
Sua orientação pretendia, sim,
sugerir-nos a ausência do ódio, de todo o desejo de vingança.
Almejava o Cristo que nos
dispuséssemos sinceramente a ajudar nos momentos necessários mesmo aqueles
que nos prejudicam e ferem, oferecendo-lhes todo o auxílio que nos seja
possível.
Não se pode progredir isoladamente.
Por isso, é preciso conviver com as
pessoas, vendo-as como presenças necessárias à nossa evolução.
Deixemos que nossos corações se
abram.
Precisamos urgentemente desenvolver
a capacidade de amar e de permitir que sejamos amados.
Nossa simpatia deve atingir a todos
os que nos rodeiam.
Principal atenção deverá dar aos
nossos pais.
Eles que nos mantiveram durante
nossa infância, nos acalentaram e nos aqueceram.
Velaram com ansiedade nossos
primeiros passos e as nossas primeiras dores.
* * *
O amor, profundo como o mar,
infinito como o céu, abraça todas as criaturas.
Deus é o seu foco.
Assim como o sol se projeta, sem
exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, também assim
o amor vivifica todas as almas.
Seus raios, penetrando através das
trevas do nosso egoísmo, iluminam com trêmulos clarões os recônditos de cada
coração humano.
Todos os seres foram criados para
amar.
As partículas da sua moral, os germens
do bem que em si repousam, fecundados pelo Foco Supremo, irão se expandir um
dia.
Aí, então, florescerão até que
todos sejam reunidos em uma única comunhão do amor, em uma só fraternidade
universal.
Não importa quem sejamos hoje.
Importa apenas que estejamos
dispostos a influenciar um ao outro, no sentido do bem.
Filhos de Deus somos todos membros
da grande família dos Espíritos.
Temos marcados em nossas frontes o
sinal da imortalidade.
Somos todos irmãos e estamos
destinados a nos conhecer e nos unir em harmonia, longe das paixões e das
grandezas ilusórias da Terra.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 49, do livro Depois da morte, de Léon Denis, ed.
Feb.

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